Os primeiros resultados da articulação entre os governos dos estados nordestinos comprovam que a formação de consórcios tem impactos positivos na gestão, reduzindo gastos nas compras e aumentando as possibilidades de implementação de políticas públicas e atração de investimentos. Um exemplo de economia é a redução de 30% nos custos de medicamentos adquiridos pelo Consórcio Nordeste, segundo relatou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, em mesa-redonda realizada nesta quarta-feira (13), no 13º. Congresso de Gestão Pública do Rio Grande do Norte (Congesp-RN), na Escola de Governo, em Natal.
“A união entre estados é uma ferramenta de grande valor no que diz respeito ao enfrentamento de problemas comuns, nas mais diversas áreas. Discutir essa aliança, especialmente, aqui no Nordeste, vai além da busca de soluções para a gestão, porque estamos também dando exemplo, ao resto do país, de como essa união entre governos é importante no fortalecimento e sustentabilidade de cada uma dessas gestões, firmando uma configuração que já traz resultados concretos”, disse Mineiro.
A economia deve se repetir em outras licitações já em andamento nas áreas de educação, agricultura familiar, assistência social e saúde. A força da unidade vai facilitar também a busca por investimentos para a região, junto ao setor privado e a agências financiadoras internacionais, em energias renováveis e em turismo. As duas áreas estão no foco da missão do Consórcio Nordeste que embarcará, na próxima sexta-feira (15), para contatos com agentes governamentais e empresários da Alemanha, França e Itália. A governadora Fátima Bezerra e o secretário Fernando Mineiro representarão o RN na missão.
INOVAÇÃO
A mesa-redonda sobre a experiência do Consórcio Nordeste teve a participação de Marco Aurélio Costa, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e de Maria do Livramento, professora de Gestão Pública da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria do Livramento. “É uma grande alegria participar de um encontro como esse, vendo a gestão pública ser discutida a partir de tantas perspectivas, de óticas diferentes. Isso nos faz renovar ideias, rever conceitos, para que seja feita a melhor aplicação possível, trazendo o consórcio como uma resposta muito positiva, que mostra a força do nordestino, que não se acomoda e vai à luta sempre”, disse Livramento.
A socióloga e ministra das Cidades na gestão da presidenta Dilma Roussef, Inês Magalhães, que falou no Congesp sobre “Política habitacional no contexto do desenvolvimento regional, disse que “o consórcio do Nordeste é uma inspiração num momento tão difícil politicamente, pelo qual o país passa. Tenho certeza que os investimentos feitos por meio desse instrumento darão certo, e farão mais, trazendo inovação aos estados, e melhorias no que diz respeito à habitação, por exemplo”.
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